10/12/2008

O que a escola nos ensina

Não me lembro ao pormenor das férias de 98 (o verão antes de entrar para a escola) mas lembro-me perfeitamente de uma coisa muito clara: não queria entrar para a escola.
Ninguém me impingia cenas do estilo "a escola é muito gira" ou "vais fazer muitos amigos": diziam-me apenas que lá ia aprender a ler e a escrever, que ia conhecer muitas pessoas da minha idade e que dali para a frente já poderia ler eu só os meus livros de contos favoritos (caixa de contos dada pela minha madrinha que ainda hoje guardo e que espero passar de geração em geração), o que até me entusiasmou. Mas mesmo assim, tinha a certezinha que não iria gostar da escola e que iria apreciar muito mais os momentos passados bem longe dela. Tal facto confirmou-se, é claro.
No entanto, sempre fui boa aluna, em parte po querer despachar aquilo rápido (a ideia de repetir aquilo tudo outra vez dá-me arrepios), mas principalmente porque tudo o que faço gosto de fazer bem feito, ou seja, o melhor que puder, para depois não ficar com remorsos de poder fazer melhor - e, facto incontestável, eu gosto de aprender (se a matéria me cativar).
No entanto, posso afirmar que pelo menos 80% do que sei não aprendi nos bancos da escola: o que fazer se uma pastilha elástica ficar colada nas calças de ganga, como se fazem os bebés, o segredo para que o Molotov não desça e fique tipo panqueca, o que fazer quando nos esquece-mos das chaves, como atravessar uma rua, como se beija na boca, como se limpa o rabo a uma criança... Também posso afirmar, sem sombra de dúvida, que 60% do que aprendi já me esqueci totalmente e 95% não me serviu rigorosamente para nada.
Não me interpretem mal: a escola também me ensinou muita coisa: que há sempre alguém melhor e pior do que nós, que quem é nosso superior máximo é sempre um imbecil, que o mundo é uma selva, que não importa se tratas toda agente bem: alguém há-de sempre tratar-te mal, que o mundo pende sempre para o lado dos idiotas (mas se te tornares um idiota não te vais sentir feliz) - resumindo, a escola ensina-nos que a vida, no seu todo, é injusta.
Mas como sou uma eterna optimista (pelo menos gosto de acreditar que sou) penso sempre positivo: que quem me odeia/despreza/ignora/nao gosta de mim/trata-me mal/comete injustiças vai morrer virgem, ou então casado com um impotente/frígida - ou, pelo menos, que terá uma pilinha/maminhas pequeninas, do tamanho do dedo mindinho do pé, para ser mais precisa...
Não liguem às minhas fúrias, isto é só para reflectir...
Fiquem bem e não se esqueçam do comentário!

1 comentário:

Anónimo disse...

LOL
concordo totalmente ^.^
Não-á-escola 4ever!=)