30/12/2008

Questionário de Proust

Adoro este género de questionários, de os fazer e de ver o que os outros escrevem, também.
Procurei na net e encontrei dois interessantes: o questionário de proust e outro que um amigo meu resolveu no blog dele.

Aí vai o de Proust:

1. Qual é a sua maior qualidade?
Conseguir falar sobre qualquer assunto com qualquer pessoa horas a fio.
2. E seu maior defeito?
Falta de paciência
3. A característica mais importante em um homem?
Inteligência e (bom) sentido de humor
4. E em uma mulher?
Hospitalidade
5. O que você mais aprecia nos seus amigos?
Aquela capacidade inata de me porem a sorrir e de me conhecerem.
6. Sua actividade favorita é…
Dar miminhos (beijinhos e abraços)
7. Qual a sua ideia de felicidade?
Estar rodeada de pessoas que amo e que me amam
8. E o que seria a maior das tragédias?
Morrer sozinha
9. Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo?
Gosto de ser eu, mas não me importava de ser um orangotango ou outro primata qualquer...
10. E onde gostaria de viver?
Em Bemposta, claro! Num sítio calmo, sem trânsito, com boa qualidade de vida... Bemposta....
11. Qual sua cor favorita?
Laranja, a cor da alegria
12. Uma flor?
Coroa imperial branca -a flor de S. José, por ser simples mas majestosa
13. Um pássaro?
O Pardal, porque anda aos saltinhos
14. Seus autores preferidos?
Não tenho - coisa estranha. O meu livro favorito é O Fio da Navalha, de Maugham, mas como não li mais nada dele, não posso dizer que é o meu favorito.
15. Os poetas que mais gosta?
Carlos Drummond de Andrade e Fernando Pessoa
16. Quem são seus heróis de ficção?
Doraemon - o rato azul sem orelhas da bolsinha mágica...
17. E as heroínas?
Mary Poppins
18. Seu compositor favorito é…
Mozart
19. E os pintores que você mais gosta?
Ana Luisa Kaminsky e José Malhoa
20. Quem são suas heroínas na vida real?
a minha Mãe
21. E quem são seus heróis?
o meu Pai
22. Qual sua palavra favorita?
Supercalifragiliscoexpielidouso - uma palavra cheia de energias positivas
23. O que você mais detesta?
Pessoas parvas, complicadas e ignorantes.
24. Quais são os personagens históricos que você mais despreza?
o Hitler, o Estaline, o Lenine, o Sócrates (1º ministro): todos os tiranos.
25. Quais dons naturais você gostaria de possuir?
Voar
26. Como você gostaria de morrer?
Na cama, enquanto dormia
27. Qual seu actual estado de espírito?
Feliz
28. Que defeito é mais fácil perdoar?
Ignorância
29. Qual é o lema da sua vida?
Viver cada dia como se ele for o último

Ano Novo, Vida Nova



É uma frase tão batida que já perdeu o sentido. Pessoalmente, não creio que haja um dia específico para se fazer promessas de mudança, pois cada pessoa tem o seu ritmo e as alturas em que sentimos vontade de mudar são diferentes.


Para mim, ano novo é em Setembro, quando começo as aulas.


No entanto, acho que o Ano Novo é uma altura tão boa como as outras para se repensar no ano que passou e o que queremos para este ano. Se não para mudar radicalmente, pelo menos para "limar as arestas".


Costumo fazer o balanço das coisas melhores e das coisas piores do ano.


2008 foi um ano complicado, não o nego, mas também um ano cheio de coisas boas. Perdi três pessoas que amava muito, mas também ganhei outras coisas: tracei objectivos (foi o ano das decisões), tentei divertir-se ao máximo e aproveitar o que a vida tem de melhor. Conheci o meu primo Tiago, fui a Valência, aprendi a fazer Molotovs, recomecei um livro, encavalitei-me num touro mecânico, dancei como uma perdida sempre que ouvia uma música...


Não me arrenpendo de nada este ano e, mais importante, sinto que fiz tudo o que podia fazer, e que dei o meu melhor em tudo. Conclusão: 2008 foi um bom ano.


Amanhã, quando estiver a bater os tachos e as panelas no quintal, vou desejar com todo o coração um 2009 ainda melhor que 2008, cheio de oportunidades, amor e saúde. E talvez com um pouco mais dinheiro...


Objectivos concretos? Acabar o tal livro, começar a aprender hebraico ou italiano, recomeçar a dançar, ir a Guimarães, ter boa nota nos exames. Acima de tudo, ser feliz e divertir-me ao máximo.


Fazer uma coisa nova todos os meses.


Um feliz Ano Novo para todos!

20/12/2008

Postais de Natal


Com mais uma quadra festiva aí à porta (este ano o Natal está a ser complicado para mim, as férias começaram muito próximas do dia 24 e sinto-me a correr), recomeça a azáfama das prendas, dos doces e dos... postais.

Pois é! Aqueles cartões que já quase ninguém envia, cartões a sério, pelo correio, com as plavrinhas da praxe, beijinhos e algumas saudades à mistura. E, claro, com uma imagem natalícia a condizer.

Houve um ano em que eu e a minha irmã tentámos enviar postais electrónicos. Modernizarmo-nos. Nem me falem. Muito giros, está certo, com musiquinha de fundo, selos virtuais, um miminho. Mas algumas pessoas não conseguiram abrir, outros foram onvertidas em lixo electrónico, outros não abriam na totalidade... Para não falar da perda do encanto de abrir uma carta. Resumindo: postais electrónicos, nunca mais!

Por essa razão, desde esse Natal para cá, eu e a Xanca fazemos os nossos próprios postais (com cartolina e imagens da Internet), escrevemos o que queremos, e ainda juntamos uma foto nossa. Claro que dá duas vezes mais trabalho do que comprar uma prenda e enviar, e quatro vezes mais trabalho do que enviar um e-mail, mas dá muito mais gozo (tanto para mim como para quem recebe), e há pessoas que guardam o postal durante anos.

E por falar em anos, todos os anos aumenta a lista de pessoas a quem enviar postais. Digo a brincar que, se os CTT oferecessem um prémio a quem enviasse mais postais nós ganhávamos de certeza.

Enfim, não há nada melhor do que chegar a casa, abrir a caixa do correio e, em vez de contas para pagar, encontrar um postal de alguém que não vemos à muito tempo.

Só começo a sentir-me no Natal quando começo a fazer postais.


10/12/2008

O que a escola nos ensina

Não me lembro ao pormenor das férias de 98 (o verão antes de entrar para a escola) mas lembro-me perfeitamente de uma coisa muito clara: não queria entrar para a escola.
Ninguém me impingia cenas do estilo "a escola é muito gira" ou "vais fazer muitos amigos": diziam-me apenas que lá ia aprender a ler e a escrever, que ia conhecer muitas pessoas da minha idade e que dali para a frente já poderia ler eu só os meus livros de contos favoritos (caixa de contos dada pela minha madrinha que ainda hoje guardo e que espero passar de geração em geração), o que até me entusiasmou. Mas mesmo assim, tinha a certezinha que não iria gostar da escola e que iria apreciar muito mais os momentos passados bem longe dela. Tal facto confirmou-se, é claro.
No entanto, sempre fui boa aluna, em parte po querer despachar aquilo rápido (a ideia de repetir aquilo tudo outra vez dá-me arrepios), mas principalmente porque tudo o que faço gosto de fazer bem feito, ou seja, o melhor que puder, para depois não ficar com remorsos de poder fazer melhor - e, facto incontestável, eu gosto de aprender (se a matéria me cativar).
No entanto, posso afirmar que pelo menos 80% do que sei não aprendi nos bancos da escola: o que fazer se uma pastilha elástica ficar colada nas calças de ganga, como se fazem os bebés, o segredo para que o Molotov não desça e fique tipo panqueca, o que fazer quando nos esquece-mos das chaves, como atravessar uma rua, como se beija na boca, como se limpa o rabo a uma criança... Também posso afirmar, sem sombra de dúvida, que 60% do que aprendi já me esqueci totalmente e 95% não me serviu rigorosamente para nada.
Não me interpretem mal: a escola também me ensinou muita coisa: que há sempre alguém melhor e pior do que nós, que quem é nosso superior máximo é sempre um imbecil, que o mundo é uma selva, que não importa se tratas toda agente bem: alguém há-de sempre tratar-te mal, que o mundo pende sempre para o lado dos idiotas (mas se te tornares um idiota não te vais sentir feliz) - resumindo, a escola ensina-nos que a vida, no seu todo, é injusta.
Mas como sou uma eterna optimista (pelo menos gosto de acreditar que sou) penso sempre positivo: que quem me odeia/despreza/ignora/nao gosta de mim/trata-me mal/comete injustiças vai morrer virgem, ou então casado com um impotente/frígida - ou, pelo menos, que terá uma pilinha/maminhas pequeninas, do tamanho do dedo mindinho do pé, para ser mais precisa...
Não liguem às minhas fúrias, isto é só para reflectir...
Fiquem bem e não se esqueçam do comentário!